Não é em vão, aliás, que aqui se invocam os deuses. Visitar as caves do vinho do Porto é, desde logo, prestar homenagem devota a Baco e, porque não?, às ninfas desnudas que com ele parecem dançar no grande painel de azulejos que assinala o início da incursão pelos domínios da Ramos Pinto. Saiba por isso o leitor que não nos furtamos, sob nenhuma hipótese, às comunhões deste credo, honrando-o com as libações da praxe. Esforçando-nos por manter a moderação, também nós erguemos os báquicos cálices desta celebração e, vendo como a luz atravessava o rubro nos néctares, aspirámos do perfume deles, sentimo-los no palato. E em peregrinação fomos aos diversos templos da adoração.
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